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Explorando o Futuro: A Pulseira Neural da Meta e as Perspectivas para a Realidade Aumentada

Foto: Meta - Demonstração de metapesquisa de rastreamento de pulseira neural, de 2021

 

Na última aparição no talk show Morning Brew Daily, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, revelou que a tão aguardada pulseira neural de rastreamento de dedos está nos estágios finais de desenvolvimento e será lançada como produto nos próximos anos. Esta tecnologia revolucionária promete transformar a maneira como interagimos com dispositivos, especialmente em ambientes de realidade aumentada (AR) e virtual (VR).

O início dessa jornada remonta a 2019, quando o Facebook adquiriu a startup nova-iorquina CTRL Labs, especializada em interfaces cérebro-máquina. Desde então, a equipe liderada por Thomas Reardon, CEO e cofundador do CTRL Labs, tem trabalhado incansavelmente para desenvolver uma pulseira de rastreamento de dedos baseada em sinais elétricos neurais.

Ao contrário dos métodos convencionais que utilizam visão computacional, a abordagem da Meta se baseia na eletromiografia (EMG), uma técnica que capta os sinais elétricos do cérebro para os dedos. Essa tecnologia oferece vantagens consideráveis, como latência praticamente nula, alta precisão, independência das condições de iluminação e resistência à oclusão. A descoberta de Reardon, em 2021, sobre a decodificação da atividade de neurônios individuais abre portas para um controle virtualmente ilimitado sobre as máquinas.

Conceito de interface de óculos AR impulsionada pela entrada de pulseira neural

Em comparação com os dispositivos existentes, como o Meta Quest e o Apple Vision Pro, que dependem principalmente de rastreamento óptico, a pulseira neural promete uma precisão incomparável e a capacidade de realizar movimentos sutis da mão. Esse avanço torna-se especialmente significativo ao considerar as possibilidades de interação em ambientes AR, onde a precisão e a naturalidade dos gestos são cruciais.

A declaração de Zuckerberg coincide com o lançamento recente da Apple Vision Pro, que combina rastreamento ocular e rastreamento óptico de dedos. Embora ofereça uma forma rápida e intuitiva de seleção com a funcionalidade "olhar e beliscar", ainda enfrenta desafios em interações mais complexas, como rolar e redimensionar, que exigem movimentos de mão mais dramáticos. A Meta, por sua vez, busca uma abordagem que permita manipulação precisa e eficiente em qualquer cenário, aspirando a criar uma experiência de usuário equiparável ao uso de um mouse de computador.

O roadmap vazado da Meta para hardware AR/VR, no início de 2023, revelou planos intrigantes. O lançamento da pulseira neural está previsto para coincidir com a terceira geração dos óculos inteligentes Ray-Ban em 2025, que virão equipados com um HUD (tela de cabeça para cima) e a mencionada pulseira. O plano indica que haverá dois modelos de pulseira, diferindo nos recursos oferecidos e, consequentemente, nos preços. Um seria dedicado exclusivamente à tecnologia de entrada neural, enquanto o outro também incluiria display e câmera, funcionando como um smartwatch.

A visão da Meta vai além, antecipando uma segunda geração da pulseira que servirá como dispositivo de entrada para os óculos AR de verdade, programados para lançamento em 2027. Vale ressaltar que, em um cenário tecnológico em constante evolução, planos e cronogramas podem sofrer alterações.

Enquanto a Meta avança na pesquisa e desenvolvimento dessa tecnologia inovadora, é interessante especular sobre as possíveis aplicações e o impacto que ela terá na interação humano-computador. A capacidade de realizar tarefas complexas com gestos sutis promete revolucionar a maneira como utilizamos dispositivos, aproximando-nos de uma experiência mais intuitiva e imersiva.

Enquanto isso, a concorrência, representada pela Apple, pode estar explorando caminhos semelhantes. Embora não haja relatos concretos sobre a abordagem da Apple em relação à eletromiografia de pulso, não seria surpreendente se a gigante da tecnologia também estivesse considerando a integração dessa tecnologia em futuros produtos, possivelmente na linha de smartwatches.

Em resumo, estamos diante de um capítulo empolgante na evolução da interação humano-computador, com a pulseira neural da Meta posicionando-se como um divisor de águas. À medida que aguardamos ansiosamente os próximos desenvolvimentos, fica claro que o futuro da realidade aumentada está intrinsecamente ligado à nossa capacidade de inovar e explorar fronteiras até então inimagináveis.

Fonte: uploadvr

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